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"Como tudo começou"

Despertei daquela indolência sensual quando ouvi a voz do meu massagista num sussurro, pedindo que me virasse de  barriga para cima. Rodei o corpo e deixei que ele me acariciasse os ombros… os seios… a barriga… o ventre… até que um dedo deslizou pela fenda do meu sexo. Reagi com uma contração involuntária dos músculos ao mesmo tempo que ao meu lado a respiração do Jorge se tornava ofegante. Percebi que ele estava à beira do orgasmo. Olhei de relance para o lado direito e vi que a massagista lhe agarrava o pénis duro, fazendo movimentos ritmados. Um gemido contido revelou o momento em que ele se veio. Enquanto alguns jatos brancos pousavam na sua barriga e nas mãos que lhe agarravam o rolo duro, senti que um dedo mergulhava no meu sexo e me acariciava a carne molhada das minhas entranhas. Desviei o olhar do Jorge e voltei a concentrar-me nas sensações que o meu massagista ia desvendando no meu baixo ventre. 
Deixei-me envolver pelo prazer daqueles toques e fechei os olhos. Ele mostrava-se bastante hábil, estimulando sem pressas os pontos mais sensíveis do meu corpo. Iria fazer-me gozar em breve, não tinha dúvidas. 
De repente, senti que outras mãos me tocavam. Abri os olhos e vi que a massagista tinha abandonado o Jorge e se dedicava também a mim. Sorriu-me quando a fitei e eu retribuí. Estava agora a receber uma massagem a 4 mãos, o que potenciava as sensações. Ela tinha um toque muito suave, deliciosamente suave, e os efeitos desse upgrade rapidamente se fizeram sentir. Enquanto dois dedos me penetravam bem fundo, enchendo-me o sexo, uma mão acariciou-me a púbis e pressionou-a. Outras duas mãos dedicaram-se aos meus seios, estimulando os mamilos com pequenos apertões que os acordaram, deixando-os bem duros. Senti o meu corpo ganhar vida própria com os músculos que se contraíam e distendiam, procurando engolir aqueles invasores que se tinham alojado dentro de mim. A minha cintura começou a fazer movimentos ritmados que a empurravam contra a mão do massagista e eu percebi que o orgasmo se aproximava a passos largos. 
Poucos segundos depois fui varrida por uma onda de luxúria que me inundou todos os poros. Vim-me com um gemido prolongado e rouco, enquanto sentia as descargas de prazer que se sucediam umas atrás das outras. 
Quando abri os olhos, tinha os dois massagistas e o Jorge que me olhavam. Tinha sido uma massagem deliciosa. 
- Que tal? Está tudo bem? – perguntou-me a massagista. 

"A múmia"

À medida que as minhas incursões neste mundo da BDSM iam acontecendo, comecei a picar o Jorge para que também ele experimentasse alguma situação às mãos da Lady Anna e do Conde.

Inicialmente ele mostrou-se relutante, mas eu fui insistindo e acabei por convencê-lo. Falámos com os nossos “mestres” e eles ficaram de preparar uma surpresa. Desta vez, eu ficaria de fora a assistir, posição que me agradou.

Eles não revelaram o que iriam fazer, por isso, no dia em que nos deslocámos ao Espaço Seven, o Jorge ia assim meio a medo. Eu bem que me metia com ele mas percebia o que ele estava a sentir. De qualquer forma, ambos sabíamos que não aconteceria nada de muito doloroso e que a qualquer momento se podia parar com a situação.

Quando entrámos a Lady Anna estava com aquele sorriso de menina traquinas preparada para se divertir à grande! O Jorge percebeu isso mesmo, aliás era sempre visível o gozo com que ela assumia o papel de dominadora!

Depois de umas palavras de circunstâncias a Lady Anna explicou-lhe o que iria acontecer.

- Já ouviste falar em múmias?

Ele abriu os olhos, espantado.

- Claro! Porquê?

- Porque te vou transformar numa múmia!

Soltei uma gargalhada ao ver a expressão assustada dele.

- Tem calma que não vou precisar de te matar! Isto da múmia é uma coisa comum no BDSM, no fundo é enfaixar alguém com um determinado material, fazendo com que a pessoa fique presa e incapaz de se movimentar. Quando digo enfaixar alguém, é mesmo o corpo todo, incluindo a cabeça!

- E que material é esse? – perguntou ele.

- Vou usar aquele plástico aderente que se usa para embalar alimentos, conheces?

- Sim.

- Ok! Então vais despir-te completamente e depois deixas que eu trate de ti!

Ele começou a tirar a roupa, enquanto ela foi buscar um rolo de plástico aderente e o observava. Quando ele ficou totalmente nu à sua frente, o Conde trouxe uma venda que entregou à Lady Anna.

- Vou tapar-te os olhos. A partir daí, não verás nada do que se vai passar. Vai haver um momento em que terás de suster a respiração, pois irei passar o plástico em frente à tua boca. Nessa altura, não vais conseguir respirar. Mas não te preocupes, são apenas uns segundos pois eu abro um buraco no plástico. Depois disso já podes voltar a respirar normalmente.

Ele olhou-a durante uns segundos. Pensei como no BDSM as pessoas se colocavam totalmente nas mãos dos outros, mesmo com perigo de vida. Tapar a boca a alguém com plástico aderente poderia provocar asfixia caso a situação se mantivesse por muito tempo. Ambos sabíamos que podíamos confiar na Lady Anna, mas a verdade é que ela teria a vida dele nas mãos durante alguns segundos.

Depois de o vendar, começou a passar o plástico em volta do corpo dele, começando pelos pés. A pouco e pouco todo o seu corpo começou a ser enfaixado, imobilizando-o.

- Não vou fazer um enfaixamento integral! – avisou a meio do percurso. – Vou deixar-te parte dos braços e mãos de fora, para não ser uma experiência muito claustrofóbica!

Quando chegou ao rosto, ela recordou-lhe a necessidade de não respirar quando sentisse o plástico cobrir-lhe a boca e o nariz. Ele assim fez.

- Abre um pouco os lábios! – pediu-lhe quando lhe tapou a boca.

Ele obedeceu e ela usou um pequeno canivete para abrir um rasgo. Com os dedos, alargou a abertura até que esta ficou com uma dimensão que permitia que o ar circulasse normalmente.

Quando terminou a tarefa, olhou-me com um sorriso.

- Que tal? Ficou bem?

- Muito bem! – respondi com uma gargalhada.

- Agora vamos deixá-lo assim por uns minutos. O plástico colado ao corpo vai aquecer e ele vai sentir esse calor. Deixemos que ele transpire um pouco.

Sem ver o que se passava, e sem conseguir falar, o Jorge mantinha-se imóvel perante o nosso olhar. O ambiente ficou completamente silencioso durante mais de cinco minutos. Por fim, a Lady Anna quebrou o silêncio.

- Ora vamos lá ajudá-lo a andar até à marquesa! Foi uma múmia tão bem comportada que merece uma recompensa!

Agarrámos nos seus braços e conduzimo-lo devagarinho no trajeto que, apesar de ser curto, se mostrou difícil de percorrer. Depois de ele se ter deitado na marquesa, a Lady Anna pegou na navalha e, com gestos cautelosos, cortou o plástico junto ao pénis, abrindo um buraco que permitiu que ele se libertasse da prisão em que se encontrava.

- Ena! Olhem como ele está animado! Acho que gostou de ser enfaixado!

De facto, o sexo duro que se revelava aos nossos olhos mostrava que o mumificado estava a gostar da experiência. Tal como me tinha acontecido nas experiências anteriores, também o Jorge experimentava esta dupla vertente do prazer aliado a práticas de dor e submissão.

- A tua mulher está a despir-se! – disse a Lady Anna, acenando-me com a cabeça para que eu obedecesse.

Retirei a roupa. A excitação que ele deveria estar a sentir certamente que aumentara com a informação dada. Como ele não conseguia ver nada, só podia ir imaginando o que se estava a passar.

Aproximei-me dele e agarrei-lhe o pau duro e quente. Ele estremeceu perante o meu toque. Encostei o corpo à sua perna e, aproveitando que podia movimentar a parte inferior do braço, o Jorge levantou-o e tocou-me o seio. Apetecia-me engolir aquele pau, mas a Lady Anna como que me leu os pensamentos e acenou a cabeça para a esquerda e para a direita, indicando-me que não o fizesse. Sem perceber o que a levava a não autorizar essa minha vontade, mantive-me apenas com as mãos a acariciá-lo suavemente.

A Lady Anna observava-nos imóvel, até que levou às mãos à camisola e puxou-a para cima expondo o peito. Aproximou-se do mumificado e conduziu-lhe a mão para o mamilo. Ele acariciou-o… imaginei que se sentia uma múmia bem feliz, a tocar os seios de duas mulheres ao mesmo tempo!

- Vês como vale a pena portares-te bem? – disse-lhe ela enquanto lhe percorria os testículos e a vara macia e cada vez mais excitada.

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