top of page
Crónicas do Meu Outro Eu - vol. 4
Provocações sensuais

Conclusão das minhas recordações eróticas. Os últimos capítulos com aqueles momentos mais marcantes da minha vida sexual. No final, podes ver uma galeria de 50 fotos sensuais feitas em locais públicos.

"Depilação integral"

Há uns anos atrás decidi fazer a depilação a laser da área púbica e genital. Os métodos que usara até então não me agradavam, quer fosse a cera (ui... altamente doloroso) quer fosse a lâmina (os pelos cresciam rapidamente e depressa a pele ganhava uns "picos" muito pouco simpáticos, sobretudo para quem, do outro lado, me presenteava com uma sessão de sexo oral). 

Pesquisei vários centros e clínicas e acabei por optar por um pequeno espaço que me foi recomendado por uma amiga. Ela tinha feito lá a depilação integral com laser Alexandrite e tinha gostado bastante do resultado. Decidi fazer a marcação e lá fui preparada para esta nova experiência. Fui recebida por uma técnica simpática que me explicou todo o procedimento. O processo, segundo ela, não era muito doloroso, iria sentir umas picadelas provocadas pelo laser, coisa perfeitamente suportável.  

No entanto - avisou-me -, o desconforto seria um pouco mais intenso na zona dos lábios vaginais, pois este tratamento provocava uma dor mais forte nas zonas da pele com pigmentação mais escura. Para além disso essa zona tinha uma elevada sensibilidade e, assim sendo, teria de estar preparada para uns momentos mais difíceis. A vantagem é que, no final do processo, deixaria de me preocupar com ceras e lâminas e – garantiu-me – toda a zona ficaria bem mais macia do que usando os métodos depilatórios mais "tradicionais". 

Depois de me terem sido dadas todas as explicações passámos à fase de agendamento. As sessões deveriam ter um intervalo de vinte a trinta dias e indiquei que, por mim, faria a primeira sessão de imediato. A técnica indicou-me que nesse dia ela já não conseguia encaixar-me pois tinha várias marcações. Aliás, só poderia começar a tratar-me daí por uma semana. Fiquei um pouco desiludida, mas ela justificou-se dizendo que eram um centro pequeno, apenas com dois técnicos, o que levava a que as suas agendas ficassem muitas vezes totalmente preenchidas. 

Quando perguntei se a outra técnica poderia avançar mais cedo com as sessões, ela disse-me que sim, que poderia até ser naquele dia, mas que não era uma técnica, era um técnico! Sendo a depilação na área genital, ficaria confortável se o processo fosse feito por um homem? Fiquei uns segundos sem saber o que responder, mas acabei por indicar que não me importaria de fazer os tratamentos com um técnico homem. Ela pediu-me uns segundos, saiu da sala e voltou cerca de dois minutos depois. Referiu-me que, caso quisesse esperar, poderia ser atendida dentro de meia hora. Concordei e fiquei à espera. 

Meia hora depois, ele apareceu na sala. Alto, elegante, tinha um rosto simpático, aparentando cerca de quarenta anos. Apresentou-se e pediu-me para o acompanhar ao gabinete. Entrámos num espaço onde predominava o branco. Pegou numa folha onde estavam os meus dados, olhou-a por uns segundos e foi debitando os elementos que ali constavam. Confirmei as informações e o tipo de depilação que desejava. Disse-me que teria de me despir da cintura para baixo e de me deitar na marquesa. Despi as calças de ganga e a cuequinha e deitei-me no local indicado. Ele manteve-se de costas para mim, certamente para me deixar à-vontade enquanto retirava a roupa. Quando se voltou, tinha já umas luvas brancas de borracha calçadas. Aproximou-se e olhou para a área que ia ser depilada.  

- Tem uns pelos que têm de ser cortados! - disse-me. 

O laser só podia atuar em zonas com os pelos rapados, explicou-me. Por isso, referiu que iria primeiro passar com uma lâmina para a seguir iniciar o tratamento. Pegou numa bisnaga, indicando que iria colocar um pouco de creme para amaciar a pele, e foi buscar a lâmina. Quando voltou, colocou-se junto à minha cintura e pediu-me para abrir as pernas. Obedeci, ficando totalmente exposta ao seu olhar. Ele pôs um pouco de creme na mão e espalhou-o na minha área púbica. O toque agradou-me... Friccionou toda a zona durante alguns segundos, de forma suave, e pela minha cabeça passou a imagem das massagens yoni que faço de vez em quando!

"Um orgasmo na Loja do Cidadão"

Ir tratar de assuntos burocráticos é sempre algo muito pouco entusiasmante. Há três meses atrás tive de fazer a renovação do cartão do cidadão e, depois de adiar várias vezes, lá ganhei coragem. Ao sair de casa rumo ao emprego, coloquei na mala o meu vibrador com comando, pois poderia ser uma boa opção para tornar a espera mais agradável. 

Trabalho num gabinete onde muitas vezes estou sozinha, noutros momentos tenho a companhia e um colega que já conheço há muito tempo, o Gonçalo. Como já referi criámos uma relação muito próxima os dois, sendo que ele gosta de me lançar uns piropos e de se meter comigo e eu gosto de o provocar. Nunca nos envolvemos sexualmente, mas já passámos por alguns momentos mais "picantes" que a minha via exibicionista acaba por promover. Nesse dia, quando cheguei ao trabalho e entrei no gabinete, já ele estava por lá. Informei-o de que iria sair mais cedo antes de almoço, para tentar despachar a renovação do cartão e ele disse-me que tinha uns assuntos para tratar relacionados com a Via Verde e que podíamos ir os dois juntos à Loja do Cidadão das Laranjeiras. 

Achei uma ótima ideia. Ele ofereceu-se para me dar boleia e sempre tinha companhia. Despachámos uma série de coisas até às onze da manhã e saímos. 

- Espero que não esteja por lá muita gente! - disse-lhe quando o carro arrancou.

- Podes esperar sentada! Aquilo tem sempre umas filas infernais. Vais ter de respirar fundo e ter muita calma.

Infelizmente sabia que ele tinha razão. 

- O que vale é que vais em boa companhia! - ouvi-o dizer com um sorriso.

- És convencido... 

- É verdade! Nem um livro trouxeste, se não fosses comigo ias passar uma seca ainda maior sozinha.

- Achas? Os livros não são a única forma de passar o tempo nestas situações!

Ele desviou os olhos da estrada com um ar curioso.

- Ah não? Então?

Hesitei sobre se lhe deveria falar no vibrador que colocara de manhã na mala. Mas como dificilmente resisto a provocá-lo, decidi contar-lhe.

- Vinha preparada com um amigo que me anima bastante nos momentos mais secantes...

Decididamente ele não estava a perceber nada e lançou-me um outro olhar curioso. Peguei na minha mala e abri-a. Retirei de lá o aparelho roxo e mostrei-lho.

- O que é isso?

- Um vibrador!

- O quê!!!

Ri-me ao ver o espanto que a minha revelação lhe tinha provocado.

- Como vês, se viesse sozinha iria certamente passar uns momentos agradáveis. Isto tem um comando à distância, daria para ir brincando com ele.

A viatura parou num semáforo vermelho e ele olhou-me.

- Costumas usá-lo muitas vezes?

- Algumas. Quando vou às compras, quando conduzo em horas de ponta... é um bom parceiro!

- E ias usá-lo hoje?

- Possivelmente. 

O carro arrancou. O silêncio manteve-se durante alguns minutos, até que ele o quebrou:

- Sabes o que acho? Que podias juntar duas coisas fantásticas! A minha presença e o brinquedo. 

Percebi que ele tinha ficado entusiasmado e já estava a magicar alguma proposta.

- Ah sim? E isso significa exatamente o quê?

- Bom... podias usar o vibrador e deixares que eu tomasse conta do comando!

Dei uma gargalhada.

- Claro! Passava-te para a mão o controlo de tudo! Acho que iria correr mal!

- Nada disso! Eu não abusava da situação! Mas seria giro...

- Tu tens de ir tratar da Via Verde, não podes ficar comigo.

- Posso sim! Trato da Via Verde noutro dia! Não tenho pressas...

Ele estava verdadeiramente entusiasmado e, verdade seja dita, eu também estava a ficar com vontade em aceder ao seu pedido. Chegámos ao destino. 

- Vou deixar o carro no parque de estacionamento! - disse ele, parando junto da cancela.

Entrámos na área reservada e ele conduziu até uma zona onde não havia ainda nenhum veículo estacionado. Parou e olhou-me.

- Então? Que dizes da minha proposta.

Voltei a retirar o vibrador da mala. 

- Chupa-o!

Ele abriu os olhos surpreendido com o meu pedido.

- O quê?

- Chupa-o! Se o vou usar tem de estar molhado senão não entra! 

Agarrou no vibrador e conduziu-o à boca. Olhei em volta para ver se alguém estava por perto e podia observar o que se passava. Aparentemente não havia ninguém nas redondezas. Ajeitei o corpo e puxei a saia para cima, deixando que ela tapasse apenas uns centímetros abaixo do sexo. Ele ia lambendo o objeto liso e arredondado e eu coloquei um dedo entre as coxas, desviando ao tecido da tanguinha. Meti a cabeça do dedo indicador na fenda do meu sexo e acariciei-a, tentando lubrificar um pouco a área para facilitar a entrada do vibrador. 

- Deixa ver se consigo metê-lo! 

Ele devolveu-me o brinquedo. Estava visivelmente excitado com tudo aquilo, o que me agradou.

"Fui ao Capitólio ver um filme pornográfico"

Depois das primeiras férias de Verão com os meus primos em que tive a minha iniciação sexual, voltei a Lisboa e, pouco tempo depois, decidi ir ver um filme pornográfico ao cinema Capitólio. Nessa altura, o Capitólio era um espaço rodeado de alguma carga mítica. Passava exclusivamente filmes para adultos e – numa época em que não havia internet com acesso a tudo o que quisermos ver – era um local que mexia com o imaginário dos jovens lisboetas.

A minha decisão levantava alguns problemas. Um deles era o facto de ir para um cinema onde a esmagadora maioria do público eram homens. Não seria o mais habitual ter por lá uma rapariga sozinha. Ainda falei com duas amigas, mas nenhuma delas ganhou coragem para embarcar nessa aventura, embora uma delas tivesse ficado com uma enorme vontade de fazer essa experiência.

Ainda andei uns dias na dúvida, mas finalmente decidi avançar. Escolhi uma tarde livre durante a semana, imaginando que ao fim de semana houvesse mais gente por lá. A ideia era passar o mais despercebida possível. Fui de autocarro até à Avenida da Liberdade e depois caminhei uns minutos até chegar à entrada do Parque Mayer. Aquilo estava quase deserto e dirigi-me à bilheteira, com o coração a pulsar num ritmo cada vez mais acelerado. Olhei em volta esperando não dar de caras com alguém conhecido e murmurei para o funcionário da bilheteira que queria um bilhete para o filme em causa. Já não me recordo do nome da película, mas lembro-me que falei tão baixo que o homem olhou para mim e me pediu para repetir. Quando voltei a indicar o título ele fez um sorriso e perguntou de forma irónica:

- É para a menina?

Senti que corava e tive vontade de dar meia volta e correr dali para fora. Mas acabei por ficar e confirmar que sim, que o bilhete era para mim. Ele indicou-me o preço e entregou-me o pequeno cartão que daria acesso àquele mundo de sexo explícito. Faltavam dez minutos para a sessão começar e apressei o passo, pois apesar de tudo sentia-me menos exposta dentro do cinema do que ali, ao ar livre e à vista dos olhares de quem por ali pudesse passar.

À porta do cinema estava um homem gordo, que deveria ter uns sessenta anos, e que me lançou um olhar guloso quando lhe mostrei o bilhete. Num tom de voz irónico, disse-me quando entrei:

- Espero que goste da sessão!

Em passo rápido dirigi-me à porta que dava acesso ao setor a que pertencia o bilhete e entrei. As cadeiras estavam quase todas vazias. Sentei-me no meu lugar e olhei em volta. Três filas à minha frente estava um homem e, um pouco atrás de mim, havia uma outra pessoa que também me parecera do sexo masculino. Fiquei quieta tentando passar o mais despercebida possível. Entretanto entraram mais três homens, que se foram sentando espalhados pela sala. Quando as luzes começaram a escurecer respirei fundo. Preparei-me para desfrutar daquela experiência nova e lembrei-me da noite em que, com os dois primos gémeos tínhamos visto o filme O Império dos Sentidos. Agora era diferente, pois estava num espaço público e num meio em que deveria ser a única mulher ali presente.

Já com a sala às escuras começaram a ser projetadas imagens de outros filmes que seriam colocados em cartaz em breve. A sucessão de imagens ia mostrando corpos nus a fazer sexo, mulheres envolvidas umas com as outras, cenas de sexo oral em que os homens ejaculavam na boca de mulheres de ar esfomeado, trios, sexo em grupo… toda uma catadupa de situações hardcore acompanhadas por uma música frenética. 

Senti que alguém se aproximava e se sentava ao meu lado, deixando uma cadeira de intervalo. O meu coração começou a bater mais forte. Era um homem, aparentemente na casa dos quarenta anos, embora a fraca luminosidade da sala não permitisse vislumbrar com clareza os seus traços fisionómicos. Pensei se seria por acaso que ele teria um lugar tão perto do meu, ou se decidira sentar-se ali porque me vira e queria fazer alguma aproximação. A verdade é que os bilhetes tinham o lugar marcado e até podia ter sido uma mera coincidência, embora com uma sala tão grande e praticamente vazia fosse curioso ele ficar tão próximo.

Fiquei na expetativa uns segundos, mas aparentemente ele ficou atento ao que se passava no ecrã. Voltei a concentrar-me também na projeção. Sinceramente já pouco me recordo do filme. Lembro-me que no genérico, aparecia do lado esquerdo do ecrã um homem nu, em pé, de lado. Quando começaram a surgir as primeiras informações escritas, com o nome dos atores, as palavras iam subindo pela imagem. Ao mesmo tempo que o texto ia correndo de baixo para cima, o pénis do homem, que no princípio estava caído e flácido, ia ganhando volume ficando ereto. Confesso que fiquei fascinada ao ver como aquele membro ganhava vida e ia também subindo, como que acompanhando o ritmo das informações escritas. É curioso que essa seja a única recordação que ficou armazenada na minha memória. A história do filme – se considerarmos que aquilo tinha uma história – desapareceu por completo.

Ao fim de alguns minutos de filme senti que o homem sentado perto de mim se mexia na cadeira. De forma dissimulada tentei perceber o que se passava. Pelo canto do olho percebi surpreendida que ele tinha desapertado as calças e tinha na mão um sexo duro que ia acariciando. Voltei a fixar o olhar na tela onde as aventuras sexuais se sucediam num ritmo praticamente ininterrupto, mas a curiosidade sobre o que estava a acontecer duas cadeiras ao lado era mais forte. Voltei a olhar e pareceu-me que ele percebeu, olhando também para mim. Imaginei que ao sentir que o observava tentasse dissimular e escondesse o pénis, mas a verdade é que ele manteve as carícias, deslizando a mãos pelo rolo ereto. Era óbvio que ele não se importava que eu o visse! Daí ter-se sentado suficientemente perto para que os seus gestos não me passassem despercebidos.

bottom of page